Dicas de lugares para comer em aeroportos pelo mundo – Madri, Lisboa e Países Baixos

comer no aeroporto pelo mundo madri Por Valquiria
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As comidinhas de Madri, Lisboa e Países Baixos

por Luciana Fróes / Léa Cristina / Cristina Massari

MADRI – A Iberia tem voo para Paris com conexão de quatro horas em Madri, no gigantesco (e bonito) aeroporto de Barajas. Chatice? Sim, mas pode ser um barato também. A primeira vez, com família a bordo, pegamos um táxi e passamos quatro horas desfrutando do belíssimo Mercado de San Miguel, um paraíso do melhor em gastronomia que a capital espanhola tem a oferecer.

Da outra vez, fiz o mesmo voo sozinha. E, propositalmente, pela mesma companhia aérea. Minha ideia era explorar os restaurantes do aeroporto. Tinha ouvido falar que o Paco Roncero, ex-Ferran Adrià, chef duas estrelas Michelin com o La Terraza del Casino e à frente de gastrobares como o Estado Puro, se tornara consultor de um restaurante em Barajas, o Gastro Hub. E foi lá a minha primeira escala nas quatro horas em que fiquei perambulando pelas dependências desse gigantesco aeroporto. Fica no segundo piso do Terminal 4 e recomendo com entusiasmo, para, como foi o meu caso, desfrutar sem pressa o menu que estiver em cartaz.

Roncero é uma sensação em Madri com seus tapiplatos, uma seleção de surpresas fantásticas, algumas encontradas ali, como a tempura de aspargos, a carqueja de cogumelo, ceviches variados. Na carta de vinhos, os melhores rótulos espanhóis. O espaço é caprichado e confortável.

Outro pouso certo no Barajas: o La Bellota, casa famosa no país por servir os melhores pata negras espanhóis. São inúmeras versões de degustação, com preços variáveis e acessíveis. Para acompanhar com um bom “fino”, jerez geladinho, cervejas, cavas, tintos, brancos, rosés… É com você. Há balcões e simpáticas mesinhas para se desfrutar dos jamóns. Mas, atenção, não vá dormir no ponto e perder o voo: o Barajas é enorme e tem uma multidão circulando (é aeroporto de conexão para centenas de paragens).

Lisboa: pastéis de nata tipo exportação

Na volta para o Brasil, no Aeroporto de Lisboa, uma banca da Aloma na loja de suvenires Portfolio e outra na “praça de restauração”, como chamam os lisboetas, permitem nos despedirmos de Portugal com o autêntico sabor da terrinha. Os pastéis de nata vendidos ali estão prontos para o consumo e podem ser embalados para viagem ao preço de € 1,85, cada. E saem sempre fresquinhos, diz João Castanheira, dono da Aloma desde 2009. Ele é o terceiro proprietário da rede:

— São milhares de pastéis produzidos diariamente ali na área de alimentação, onde estão as pasteleiras a fazer a receita de sucesso, que é basicamente a mesma desde 1943. A loja no Campo de Ourique é a original e lá os pasteizinhos saem a € 1.

Lisboa Comidas
Os pastéis de nata da Aloma, no aeroporto de Lisboa – Luciana Fróes

A Aloma foi a vencedora do “Melhor Pastel de Nata” no concurso Peixe em Lisboa 2012, 2013 e 2015. Este ano a prova realizada em abril juntou 12 finalistas no Terreiro do Paço, e o título ficou com a pastelaria Fim de Século, de Benfica. Mas João Castanheira não se deixa abater. Já neste mês, seus pastéis de nata ganham as prateleiras da Galeries Lafayette, do Boulevard Haussmann, em Paris.

Além da França, conta Castanheira, a Aloma já exporta para Madri, Londres, Suíça, Bruxelas. E, quem sabe, agora, para o Brasil? Ele já esteve quatro vezes por aqui e sonha em, um dia, poder abastecer com seus deliciosos pasteizinhos lojas de São Paulo, ou do Rio — “que é onde gosto mais”, completa.

Já no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, Luiz Horta, colunista de vinhos do GLOBO, dá as dicas:

“O aeroporto é grande, moderno e confortável. A área de embarque, depois da segurança, um verdadeiro shopping center e tem uma boa loja de vinhos (com bons nomes do Douro e vinho do Porto) com preços locais, nem baratos nem caros, mas com ampla escolha. Um Tawny 20 anos sempre é bom para aproveitar, de qualquer produtor: as prateleiras oferecem variedade. A loja de coisas de Portugal tem as ótimas sardinhas da Conserveira de Lisboa e da Tricana. Trago sempre uma dúzia de latinhas variadas”.

O biscoito que reina nos Países Baixos

Nada de saladinhas, croissants ou pratos mais requintados. Nossa sugestão para o Schiphol, o aeroporto de Amsterdã, um dos maiores da Europa, é o stroopwafel, aquele biscoito redondo, feito de duas partes de massa fininhas, recheadas de caramelo. É a prata da casa, quer dizer, prata dos Países Baixos.

Paises Baixos Comidas
O Dutch Food Gifts é uma das lojas que vendem o stroopwafel no Schiphol – Divulgação

À venda em quase todos os supermercados e confeitarias do país, no Schiphol o stroopwafel pode ser encontrado em diferentes lojas, como na Dutch Food Gifts e a Fine Foods. Costumam ser vendidos em pequenas latinhas ou caixas de oito a 12 unidades. Uma porção dessas é suficiente para três ou quatro pessoas. Meio biscoito, meio waffle, fica perfeito com café. Muita gente coloca a bolachinha sobre a xícara da bebida quente, para esquentá-la um pouco. Diferentes recheios podem ser usados, mas o tradicional é imbatível.

Agora, se seu tempo de espera no Schiphol for de três a cinco horas, nossa sugestão é fazer um passeio por Amsterdã, já que, no caso, o acesso é superfácil. Diferentes empresas oferecem tour de ida e volta em carro ou mini-van, a partir de € 225 (para até três pessoas). E, se quiser seguir por sua conta, a dica é usar o trem: em 15 minutos, chega-se ao centro, a € 13,5, também ida e volta.

Fonte e na integra: O Globo

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