Dicas de lugares para comer em aeroportos pelo mundo – São Francisco, Nova York, Washington e Flórida

comer no aeroporto pelo mundo new york Por Valquiria
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Sanduíche do Ben’s passa pela História do país – Henrique Gomes Batista

por Paulo Motta / Cristina Massari / Henrique Gomes Batista / Carolina Mazzi / Gabriela Valente

WASHINGTON – Muitas vezes o melhor de um lugar pode estar no… aeroporto. Este é o caso de Washington. O terminal Ronald Reagan Washington (em Arlington, Virginia), um dos três aeroportos internacionais que atendem à capital federal dos EUA, localizado a poucos quilômetros da Casa Branca e que concentra os voos nacionais, tem agora uma unidade do histórico Ben’s Chili Bowl. Mais que um restaurante, o Ben’s não é famoso apenas pelo seu delicioso hot dog com chili e batatas fritas com cheddar, mas por fazer parte da História da cidade.

Fundado em 1958, por Ben Ali, um imigrante de Trinidad e Tobago, foi um importante palco dos movimentos negros e libertários. Era um dos bunkers dos revolucionários de 1968. Entre seus usuais fãs figuram nomes da música e do cinema americanos, como Bill Cosby, Duke Ellington, Miles Davis, Nat King Cole… e Barack Obama.

A loja original fica no número 1.213 da U Street, ao lado do Lincoln Theatre, em Shaw. Lá há diversas fotos do presidente americano se deliciando com o famoso hot dog. Mas o bairro, de maioria negra, infelizmente não está na maior parte dos roteiros dos que passam pela capital americana. Então, se o visitante não teve chance de conhecer a unidade — um ambiente único e nostálgico, animado pela jukebox, em clima bem distante do fim dos anos 60, quando o Ben’s era o único restaurante aberto na rua U, durante os protestos que se seguiram ao assassinato de Martin Luther King Jr. — pode sentir ao menos parte dessa experiência enquanto espera seu voo.

A filial do aeroporto, que está entre os terminais B e C, segue a expansão do Ben’s, que tenta preservar as características e os sabores originais (como do Bill Cosby’s Original Half Smoke, que custa US$ 5,95). O cardápio vai além do incrível cachorro-quente e do chili com carne. Hoje há até opções vegetarianas. Os hambúrgueres também não ficam nada a dever. O site é o benschilibowl.com.

Do campo à mesa, seguindo o mantra californiano

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No Napa Farms Market, sabores e sensações de São Francisco – Divulgação

SÃO FRANCISCO – Em São Francisco, Califórnia, o aeroporto é aconchegante, ou seja, é daqueles grandes que parecem pequenos. Tem o clima da cidade e, portanto, comida diversificada e surpreendente para um terminal aéreo. O setor 2, o doméstico, é o mais usado por brasileiros que têm à disposição raros voos diretos e são obrigados, na maior parte das vezes, a fazer conexões dentro dos Estados Unidos. Pois é ali que estão o Napa Farms Market e o Wakaba, que se destacam pelas boas ofertas e por preços justos.

“Farm to flight” é o trocadilho-tema do Napa Farms Market, seguindo o mantra totalmente orgânico “Farm to fork” (do campo para o garfo) dos produtos da região. É um empório para comidas rápidas, saborosas e totalmente naturais. São sanduíches e saladas com salmão, prosciutto e vegetais da estação. Entre as sopas, a local clam chowder. Há bons vinhos também, todos das vizinhas Sonoma e Napa. Entre os parceiros, a famosa queijaria Cowgirl, de Tomales Bay, e os pães da ACM, em Berkeley.

Já o Wakaba Sushi-Noodle é um “japonês express”. Você compra no balcão as refeições recém-preparadas e come em mesas do terminal logo ao lado. Para nós, brasileiros, um japa decente (e em conta) num aeroporto é algo inimaginável. Pois ali estão potinhos com uma ótima seleção de sushis e sashimis, tempuras, rolls, gyozas, sobas e udons.

Nos dois casos, as redes oferecem embalagens para o viajante levar os quitutes para comer no avião.

Nova York: bar de vinhos tem programa de pontos

No Aeroporto JFK, em Nova York, voos da American Airlines e TAM, do e para o Brasil, são operados no Terminal 8. Na área pública, não há restaurantes. Na área de embarque, no Concourse C, o Vino Volo é um bar de vinhos com tapas, em frente ao Gate 38. A loja é parte de uma rede instalada em aeroportos e serve vinhos em taças, garrafas ou em flights (três doses de 44ml ou 1,5oz, por US$ 10 a US$ 16). A carta oferece rótulos de regiões produtoras dos EUA, incluindo os vales do Napa e Sonoma, na Califórnia, e Willamette, no Oregon, sem dispensar grandes regiões vinicultoras do planeta: Toscana, na Itália; Borgonha, na França; Rioja, no País Basco (Espanha); Mendoza, na Argentina, entre outras. O serviço acompanha breve descrição das características de cada região, além de aromas e notas dos vinhos.

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A rede Vino Volo tem loja no Terminal 8 do JFK – Divulgação

O primeiro Vino Volo foi criado em 2004 no Aeroporto Internacional Washington Dulles, na capital americana. Hoje a rede soma 38 unidades nos EUA e no Canadá (Montreal e Vancouver).

— Nossos pratos mais famosos são o sanduíche de brie e prosciutto, tábua de queijos, embutidos, salada de abacate com beterraba. Para os clientes brasileiros, os queijos e os embutidos são os favoritos. E a maioria pede vinhos americanos — conta o brasileiro Val Pires, gerente geral da unidade do Vino Volo no JFK.

Para viajantes frequentes que circulam pelos aeroportos nos EUA, a rede tem até programa de fidelidade. O aplicativo de celular informa localização das lojas, pontuação do cliente e prêmios oferecidos: de descontos a aperitivos grátis. Ainda no Concourse C, há o Soho Bistro (Gate 42). Para quem prefere pubs, há o McNeals (Gate 6). E há um Sportsbar em frente ao Gate 10. Para quem não tem pressa, há uma filial da steakhouse Bobby Vans (Gate 14/16), que estava em reforma até o fechamento desta edição.

Apetite e clima cubanos em sanduíches de Miami

O menu do Cafe Versailles, no Aeroporto Internacional de Miami, não nega a proximidade da Flórida com Cuba. O restaurante, especializado em comida típica da ilha, já é famoso pela cidade — sua casa original fica no bairro de Little Havana. No aeroporto, há uma versão menor, com diversas opções de comidas rápidas, como bolinhos de queijo, batata, banana ou mandioca, alguns recheados com carne ou vegetais.

As receitas até podem soar familiares, mas os salgados têm um sabor diferente dos servidos no Brasil. O molho de alho e ervas, que vem junto, é o ponto alto. Porém, o carro-chefe mesmo do local é o sanduíche Cubano (U$ 6,50), feito em um pão que se assemelha ao nosso francês. O recheio, bem prensado na chapa, é de queijo, presunto, carne de porco (meio desfiada, meio moída) e picles.

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Sanduíche Cubano – Divulgação

Vale para café da manhã e lanche da tarde e fica ainda mais bem acompanhado com o típico café cubano, também servido no local — uma espécie de híbrido entre o expresso e o nosso cafezinho. Os atendentes cubanos contribuem para deixar o ambiente com a cara da terra de Fidel. O restaurante fica localizado nos Terminais D, E e F, nos portões D5, D21, D44 e E30.

Sotaque italiano no embarque em Orlando

Nas viagens para os parques de diversão da Flórida — para quem se hospeda, por exemplo, dentro do complexo Disney —, é comum os turistas passarem mais tempo que o normal no aeroporto, por causa dos horários escalonados dos ônibus dos resorts. Neste caso, uma boa opção de restaurante na chegada a Orlando (e também na saída) está na unidade da rede italiana Romano’s Macaroni Grill, que fica localizada fora da praça de alimentação, mas perto dela.

No ambiente amplo para uma refeição e um chope, é possível matar o tempo extra, com prazer, provando petiscos como frutos do mar fritos, mozzarella crispy ou até um delicioso prato de almôndegas de ricota apimentada.

Para a clientela que é mais convencional, há pizza artesanal com sotaque italiano. E massas como lasanha bolonhesa e fettuccine Alfredo. Já para os mais ousados amantes da gastronomia, há invenções como um macarrão que harmoniza camarão, espinafre, cogumelos, nozes e manteiga de limão. Os preços dos pratos variam entre US$ 15 e US$ 20.

Fonte e na integra: O Globo

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